Square Enix: grande criadora de jogos de RPG eletrônicos do passado e talvez do presente. Sua principal série é Final Fantasy que marcou, influenciou e expandiu o gênero chamado JRPG. The Last Remnant é um JRPG clássico mas com algumas peculiaridades que pode fazer você odiá-lo ou amá-lo.
História
A história do jogo é totalmente linear com muitas quests paralelas que não influenciam em nada na história principal e nem no mundo do jogo. O jogo não possui uma história brilhante, segue o padrão do herói ser um zé ninguém, descobre que tem grande poder oculto e pode salvar todo o continente. O herói se chama Rush, incialmente ele precisa resgatar sua irmã que foi raptado por um mago, durante essa busca ele acaba fazendo amizade com pessoas politicamente poderosas e descobre que esse mago não é qualquer um, ele também está relacionado com grandes forças politicas e outras forças misteriosas, depois de muitas histórias ele precisa salvar o mundo.
O jogo
Basicamente o modo de jogar não é muito diferente do básico dos JRPG, enquanto você está fora do combate você pode: acessar seus itens, mudar os equipamentos, mudar a formação do grupo, comprar itens, conversar com outros personagens e outras coisas clássicas. Quando acontece um combate, a tela retorce, um cenário fictício surge para a batalha, a música muda e o combate começa(algo clássico para aqueles que jogaram Final Fantasy).
O sistema de combate é por turnos, ao invés de controlar os personagens independentes, você controla uma tropa. Cada tropa pode ter no máximo 5 personagens e você pode ter no máximo 5 tropas. Todo começo de turno você decide o que cada tropa irá fazer, mas você não sabe exatamente o que eles irão fazer. - “Hu?”, você se questionando e lendo novamente a última frase. Isso mesmo, por exemplo você da uma ordem para a tropa: “Cure os outros!”, mas se não tiver ninguém para curar eles acabam fazendo nada. Outro exemplo de ordem: “Ataquem com magia!”, mas que magia? Isso pode acabar sendo irritante, pois as vezes a vitória pode ser decidida se sua tropa irá fazer algo útil ou não. Muitas vezes não fazem, ai você perde e fica puto. Existe também uma barra de moral que diz o estado de espírito da suas tropas, se estiver baixa eles irão provocar pouco dano, errar mais, levar mais dano e o contrário acontece se estiver alta.
A evolução dos personagens não é baseada em level, a cada batalha vencida pode ser que algumas características de alguns de seus personagens aumentem. Além disso é muito importante fazer upgrade das armas dos seus personagens, para isso você precisa de itens e ir no ferreiro. No início é até fácil fazer upgrades das armas, mas para as armas mais poderosas é muito trabalhoso conseguir esses itens, muitas vezes requer que você faça alguma tarefa muito trabalhosa para guilda(matar uma criatura rara ou coletar item raro) para então tentar “dropar” o seu item de alguma criatura, que também é raro.
As quests paralelas são basicamente ir até alguma dungeon e matar algum monstro, coletar algum item, conversar com tal pessoa e outras coisas básicas. Você pode simplesmente ignora-las? Infelizmente não, elas são muito importantes para a evolução dos seus personagens e conquista de dinheiro. Muitas vezes os inimigos da história ficarão muito poderosos e será necessário gastar muito tempo evoluindo.
Outros pontos irritantes do jogo: os inimigos raros e poderosos que ficam espalhados pelo cenário sem nenhuma característica melhor para diferencia-los dos comuns(as vezes eles são tão poderosos e que te matam fácil, fácil) e a impossibilidade de remanejar itens entre seus personagens(ou seja, se o protagonista tem um item na mochila que não precisa, ele não pode entregar para outro personagem que precisa).
Conclusão
The Last Remnant é um jogo básico com uma história básica de JRPG, as mudanças apresentadas na jogabilidade contribuem com uma nova perspectiva de jogar, porém concede novas limitações que não existiam que acabam criando dificuldades que não precisava. Simplesmente, um jogo mediano.